quarta-feira, 21 de julho de 2010

A REALIDADE DE UM EQUÍVOCO

Syro Cabral de oliveira

Nos tempos atuais, parece-nos que estão enfatizando demasiadamente a importância da denominada interdisciplinaridade nas escolas em flagrante detrimento dos elementos essenciais para uma leitura que transcenda o aspecto singular e específico inerente a cada disciplina.

Embora a interdisciplinaridade seja um elemento fundamental no que tange à visão do mundo, ela pode tornar-se estéril na medida em que o aluno não consiga dominar os conceitos básicos inerentes a cada fragmento do universo do saber humano. Ora, neste caso, como um aluno poderá fazer uma leitura que intercorte (ou, para usar um termo caro aos especialistas no assunto: transversal) os vários contextos do conhecimento se ele ainda não possui com segurança a mínima solidez do cabedal conceitual específico dos domínios de cada disciplina?

Assim, pois, ponderando e pesando bem as coisas, deveríamos primeiramente rever os nossos próprios conceitos e conseqüentemente a nossa concepção do mundo em vigor. Para tanto, deveríamos descartar antes de qualquer coisa nossas lentes pigmentadas, para não continuarmos a ver o mundo de acordo com a sua coloração.

Se não nos mantivermos em constante vigilância e prosseguirmos nesse mesmo modo de agir, isto é, o de não pensarmos o nosso próprio pensar, correremos o sério risco de ficarmos à margem do jogo da vida dos seres reinantes do planeta Terra e assumiremos unicamente uma posição de meros espectadores em face do processo dos acontecimentos. Em segundo lugar, tornar-nos-emos démodé em relação à dinâmica do pensamento que subjaz às forças ostensivas que movem as vigentes ideologias.

Ora, o pior de tudo isso e o mais grave e vergonhoso para um povo não é perder conscientemente o trem do avanço no sentido das exigências atuais por falta de força suficiente para acompanhar a corrida, mas sim perder esta competição pelo fato de permanecermos obstinadamente na ilusão de que estamos no caminho certo da chamada modernidade, mas no fundo estamos a serviço de uma ideologia muito bem estruturada.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

NOTA

Os idealistas, embora poucas pessoas saibam, são na verdade os governantes da humanidade. Por isso que eu sempre afirmo: o mundo é governado por uma ordem espiritual.

Há idéias fundantes de idéias, ou melhor: de pensamentos. Há um número grande de pessoas que pensa que pensa por conta própria e até afirma que possui pensamento original. Sabemos, porém, que estas pessoas infelizmente vivem em um mundo de ilusões. De um certo modo isso é até muito bom que estas pessoas vivam assim, ou seja, pensando que são autoras de suas próprias decisões..., pois, não vão questionar nunca o estado de coisas que predomina ao seu redor. Chegam até mesmo pensar que são a causa de tudo o que está acontecendo na sua atualidade. Triste ilusão! Triste fantasia!

O mundo é uma construção humana, no qual poucos são os que governam e uma maioria é governada.